sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O AMANTE


Imaginem um homem. Um tipo comum! Com mulher, filhos, trabalho, cachorro e churrasco nos fins de semana. Tudo normal. Mas algo lhe consome por dentro e lhe tira o sono.

Todas as noites algo lhe devora de dentro para fora, como um lobo faminto aprisionado em seu espírito. Sabe o que é?, Ele tem uma amante!. Não uma amante comum, ao contrário das convencionais,essa ele quer dividir com todos, quer que cada homem possa tocar os seus doces lábios e repousar em seus seios. Em seus delírios mais febris, ele sonha com o dia em que ela possa estar em todos os quartos, em todas as camas, e que todos a possuam como se ela fosse uma qualquer.

Por tais ideias lhe chamam de louco, desvairado, lhe olham de banda e lhe fazem desconjuros. Não sabem que ele só quer lhes oferecer a melhor das amantes, a mais sedutora e fascinante. Não sabem que com ela eles poderiam sentir o que é ser homem de verdade, no sentido pleno da palavra.  Não enxergam em suas idéias o amor e solidariedade nelas contidas, mas tudo bem! Esta é a sina do filósofo, o amante da sabedoria.

E ele vive a se perguntar: por que não se entregam à libido? Por quê?



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